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Deusa Juno |
Na mitologia
romana, Juno é a esposa de Júpiter e rainha dos deuses. É
representada pelo pavão, sua ave favorita. Íris era sua servente e mensageira. Sua
equivalente na mitologia grega é Hera. O sexto mês do
ano, junho tem esse nome em sua homenagem.
Em sua origem e na tradição
romana, incorpora o ciclo lunar. É filha de Saturno e Ops, e irmã e esposa de
Júpiter, com quem teve dois filhos, Marte e Vulcano e uma filha Ilitía. Juno
foi a maior divindade da religião romana e ostentou um grande número de
epítetos significativos e nomes e títulos variados que representavam diversos
aspectos e papéis da deusa. De acordo com seu papel central como deusa do
matrimônio, recebia os seguintes títulos: Interduca “a que leva a noiva ao
matrimônio”; Domiduca “a que leva a noiva ao seu novo lar” e Cinxia “a que
perde o cinturão da noiva”. Também foi chamada Regina (“a rainha”); Moneta (a
protetora das riquezas do Império Romano); Lucina (“a que traz os filhos à
luz”) e Lucetia (“a que traz luz”), quando ajudava nos partos; Pomona (“da
fruta”), Pronuba (“dama de honra”), Ossipagina (“a que fortalece os ossos”). De
uma maneira geral Juno era a protetora das mulheres.
Toda mulher tinha sua Juno,
verdadeiro dom divino que personificava sua feminilidade e a protegia. A
absorção romana do mito grego reforçou as características primitivas de Juno
com outras de Hera, estendendo seu domínio do nascimento ao matrimônio
promovendo-a ao papel de esposa de Júpiter e rainha dos deuses
"O asteróide Juno simboliza o
princípio de relacionamento e da parceria equilibrada e harmoniosa, sendo
associado com os signos de Libra e de Escorpião, definindo a aspiração para a
união perfeita e os sofrimentos e complexos psicológicos oriundos da não
realização. Ele descreve os jogos de poder, as manipulações, repressões,
projeções, decepções, medos e conflitos encontrados nos relacionamentos
desiguais e desajustados e indica as soluções para a sua transmutação e cura.
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Deusa Hera |
Para as mulheres que buscam
resgatar os verdadeiros valores e conceitos da tradição da Deusa é
imprescindível descartar a visão patriarcal de Hera como uma deusa vulnerável e
dependente e a honrar como protetora e defensora, que cuida dos seus direitos,
favorecendo e atraindo relacionamentos justos, leais e de honesta parceria.
Precisamos transformar o arquétipo distorcido da Hera como esposa infeliz e dependente
enraizado no nosso inconsciente, na cultura, literatura e ordem social vigente.
Resgatar a Hera arcaica que vive em nós - simultaneamente com a sua imagem
negativa mais recente – significa ver Hera como um incentivo para que amemos
mais a nós mesmas, buscando nosso aprimoramento individual, cuidando dos nossos
corpos, mentes, corações e limites.
Devemos ter a coragem de exigir
um relacionamento equitativo, harmonioso, honesto e equilibrado, vivendo com
integridade, lealdade e respeito, sem nos deixar limitar ou prender por medos,
co-dependências e concessões. Pede-se à Hera a benção para um casamento
sagrado, uma união alquímica que una as almas e não somente corpos, corações ou
interesses, em busca da fusão com o divino amor, que tudo permeia e que existe
em todos e no todo". ( Mirella Faur)
Arlete Souza
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