“A Ancestralidade é nossa via de
identidade histórica, sem ela, não sabemos o que somos e nunca saberemos o que
queremos ser”
Tambores são tão ancestrais como
o próprio homem. Os primeiros tambores foram feitos na pré historia para o
homem cultuar seus deuses e pelo remorso que o próprio homem tinha quando
matava um animal.
Séculos e séculos se passaram e
centenas de representações religiosas ou espirituais foram criadas de acordo
com a cultura e cosmovisão de cada povo, de cada etnia, principalmente de
acordo com os padrões sócio-econômicos da cada um.
Imagens, cerimônias, mitologias,
liturgias, símbolos, tambores, chocalhos e atabaques são conseqüências das
criações, não fazem mal a ninguém. São expressões da arte na religiosidade e na
espiritualidade. O que faz mal é a pretensão de querer ser melhor do que os
outros ou ser o dono da razão, quando existe uma grande diversidade de
pensamentos entre a humanidade”, publicado na Agência de Imprensa Indígena
(AIPIN), (México, 2005).
O homem pré histórico acreditava
que a pele de sua caça esticada em troncos de arvores reproduzia o choro do
animal morto,foi com esse grande “remorso” e a consagração da morte de sua caça
que se deu os princípios da religião e a origem dos tambores.
O toque do tambor revela a arte
de conectar-se com a Mãe Terra e com nosso eu interior, sintonizando nosso
coração ao coração dela, e de viajar ao mundo do invisível, constatando nossa
ancestralidade e todos os reinos da natureza.
O tambor está associado à direção
Sul, ao elemento terra, às criaturas de 4 patas, ao arquétipo do curador e a
qualidade da cura.Através dele podemos receber informações, inspirações e
entendimentos.
Um exemplo de prática inspirada
nas tradições nativas é a utilização do tambor. O tocar tambor não é
necessariamente xamanismo, mas atingir estados alterados de consciência através
dos toques do tambor é uma prática xamânica. Segundo Michael Harner, em seus
estudos junto a algumas tribos, observou que atingiam o êxtase unicamente com
os sons dos tambores. Inspirado nisso, temos hoje uma prática bastante
utilizada no meio urbano, que é a jornada xamânica com tambor. Outros
estudiosos, como Terence MacKenna, acreditam que a exploração da percepção e da
consciência se deu através da utilização de plantas psicoativas, sendo este o
cerne da prática xamânica.
Segundo Elza Camêu que faz parte
da academia brasileira de música, em seu livro Introdução ao estudo da música
Indígena Brasileira sobre a música indígena :
Em 1584 De Fernão Cardim a
respeito da prática musical aborígene. relata que os aborígenes, bailam
cantando, com ordem e graça, são muito estimado os cantores, tanto homens,
quanto mulheres, são tão estimados os cantores que se um inimigo é feito
prisioneiro e É CANTOR E INVENTOR DE TROVAS é respeitado e não são comidos (
antropofagia), AINDA INFORMA QUE DESDE PEQUENINOS OS PAIS ENSINAM PEQUENOS A
BAILAR E CANTAR OS SEU FOLGUEDOS.
Gabriel Soares em 1587, os Tupinambá
eram grandes músicos, relata que os músicos fazem mote de improviso a sua volta
acabando no consoante do mote; um só diz a cantiga e os outros respondem com o
fim do mote, os quais cantam e bailam juntamente em uma roda em a qual um tange
UNS TAMBORES EM QUE NÃO DOBRAM AS PANCADAS (MARCAÇÃO DOS TEMPOS OU COMPASSOS).A
mesma tribo citou o tambor; as trombetas, buzinas ..
Em relação aos Amoipira tambores
feitos de água; um pau que cavam por dentro com fogo tanto até que ficam mui
delgados, os quais toam muito bem.
Em 1767 o jesuíta João Daniel no
geral os índios si gostam de festas, danças e bailes e possuem para isso suas
flautas e tambores de pau oco e ajustado com fogo.
Das festas e danças João Daniel a
primeira festa é dos tambores e gaitas, porque além de flautas acompanhada de
tamboril, tem muitos outros tipos de tambores com o qual celebram suas festas;
e o ofício de tocar tambor é tão nobre que só os mais velhos, o fazem
assentados tocando com ambas as mãos em lugar de vaquetas.
Em 1844 o Cônego Silva Guimarães,
os cânticos de amor entre os aborígenes.
Em 1908 Fritz Krauser dos Carajá
e Kayapó: inventam cantos próprios, transmitindo-os aos descendentes.Usam o
reco-reco e o chocalho e os cantos da dança também são passados de pai para
filho.
Em 1909 Koch do tambor de pele
dupla, de macaco ou veado.
Em 1914 Manizer o canto falado,e
o falsete dos Bororós.
Froes Abreu os Guajajara tocando
tangos e maxixes, ao som de entre outros o tambor de couro de veado, em 1927.Em
1928, Mário Mello os Carijó sabiam identificar suas tradições e o que era
introduzido pelo branco, e não admitia que outros conhecessem a sua música
tradicional, enquanto já dançavam o côco.
R. Karsten o uso do tambor
utilizado nesses rituais era ou é comum aos grupos,chaquenhas, para conjurar
espíritos malignos.
Patsy Adams, uma espécie de
música entre os índios que usando certas formulas rítmicas imita o vôo do
abutre, os grunhidos do anuje e ainda difundir terror, Quanto ao ritmo Luiz
Heitor base da música indígena, e a maior parte das manifestações musicais
prendem-se mais as danças que eram compostas de formulas repetidas, e termina
dizendo que o ritmo indígena não poderia ser diferente do nosso (sic).
Os cantos de trabalho se originam
no próprio cadenciar dos movimentos regulares específicos de cada tarefa, que
disciplina e atenua a fadiga do trabalho.
Como desmontaram a tradição
cultural aborígene: O trabalho de infiltração e desmembramento foi hábil e
inteligente, era dirigido as crianças e dando-lhe nova orientação levantando
barreira entre duas gerações, forçando o rompimento com as tradições do grupo,
tipo, língua, costumes..
Voltando aos Tambores….
Um dos mais importantes
instrumentos sonoros das culturas indígenas do Brasil por se relacionar com o
lado prático, musical e religioso, desde a descoberta foram atestada a sua
utilização pela população nativa;
Como originais podemos apontar os
tambores de madeira, tambor de tábua, tambor de tronco escavado, feito e
moldados a fogo.
Bastante conhecido é o tambor de
água; que é um pequeno tambor usado na festa da Moça Nova.
Tambor catuquinaru:
É instrumento de sinalização, o
tambor em si é um tronco de palmeira resistente, colocado verticalmente no solo
e escavado de maneiras a abrir câmaras, nas quais são introduzidos vários
materiais, como borracha, madeira, couro, mica em pó, fragmentos de ossos,
areia fina, são seis as câmaras, em posição horizontal, de três em três,
separadas por um espaço vazio, vertical. O instrumento é embutido numa
escavação feita no chão. Aproximadamente até a metade de sua altura. A parte
superior do tambor é coberta com borracha resistente; o mesmo fazem com os dois
lados da fossa. Nesta também há de lascas de madeira, couro cru e resina de
várias árvores. A fossa é fechada com areia grossa.
Percutem-se com uma maça cuja
parte de contato, além de ser mais volumosa, ainda é coberta por camadas de
borracha de couro.
Tambor de fenda:
É feito de uma tora de madeira
avantajada(1m 42 X 1m23 ) escavado por meio de pedras incandescentes.
Tambor de carapaça:
É feito da carapaça da tartaruga,
é instrumento cerimonial, e faz parte da festa da Moça Nova.
Tambor de cerâmica:
Entre eles o tambor d´agua, que
consiste num vaso de barro tendo a abertura fechada com couro, Izikowitz
considera o tambor d´agua como um velho elemento de civilização, talvez
representando um dos mais antigos tambores do mundo.
Tambor de pele:
O instrumento dessa espécie é
confeccionado com um cilindro de madeira leve ou mesmo pesada, curto ou
afunilado, geralmente fechado de um lado só; a fixação dos materiais é feita
por compressão, por meio de cipós ou mediante bastonetes.; fazem soar batendo
com uma só baqueta, os velhos que assentados batucam com as mãos.
Se a maioria dos tambores de pele
apresenta a fixação por meio de compressão a tribo tembé, do rio capim, usa o
torno, mesma técnica usada por tribos africanas, o que parece indicar influência
negra, e a influência existe, no entanto, o elemento estranho parece indicar
mais interinfluência, pois se do negro o índio assimilou entre outras a
confecção do tambor no caso citado, do índio a comunidade negras localizadas na
área aborígene adotou todo um sistema de vida, como observou Daycy Ribeiro.
Em 1949 Izikowitz, considerando o
instrumento desse tipo, opinou que, embora acusando semelhança acentuada com o
tambor africano, não seria impossível que fossem peças originais, representando
um derivado ou um tipo de substituição do tambor d´agua, nas regiões em que
este não existia .Se certos tambores continuam como instrumento de comunicação,
como os de fenda, os demais ficaram ligados aos cultos, como o de carapaça de
tartaruga.
O tambor no geral tem função de
acompanhar o canto e marcar a cadência das danças.
Ainda a respeito dos tambores feitos de tora de madeira, tanto existente nas tribos brasileiras, como entre populações da África e Oceania. a particularidade interessante é que há tambores de fenda semelhantes aos dos Miranha em uso pelas populações negra, indianas e oceânicas.
Ainda a respeito dos tambores feitos de tora de madeira, tanto existente nas tribos brasileiras, como entre populações da África e Oceania. a particularidade interessante é que há tambores de fenda semelhantes aos dos Miranha em uso pelas populações negra, indianas e oceânicas.
O tambor d água dos velhos
Guaikuru, que, alias é encontrado nas duas Américas, assim como o de cerâmica,
são vistos igualmente na África. O tambor de vaso, como o dos Pakaa-Nova, ainda
em uso na Europa até o século XIV, existe nos países árabes ; é o darabukka.
Os tambores exerciam nas
civilizações primitivas diversos papéis. Além da produção de música para
rituais e festas, os tambores, devido à sua grande potência sonora, também
foram usados como meios de comunicação.
Segundo o Wikipédia sobre a
ancestralidade do tambor :
Os tambores são utilizados desde
as mais remotas eras da humanidade. Acredita-se que os primeiros
tambores
fossem troncos ocos de árvores tocados com as mãos ou galhos. Posteriormente,
quando o homem aprendeu a caçar e as peles de animais passaram a ser utilizadas
na fabricação roupas e outros objetos, percebeu-se que ao esticar uma pele
sobre o tronco, o som produzido era mais poderoso. Pela simplicidade de
construção e execução, tipos diferentes de tambores existem em praticamente
todas as civilizações conhecidas. A variedade de formatos, tamanhos e elementos
decorativos depende dos materiais encontrados em cada região e dizem muito
sobre a cultura que os produziu.
São típicos nos cultos
afro-brasileiros a dança, os tambores, os pontos cantados, o transe e a
iniciação dos novatos.
Existe algumas ramificações entre
o Nagô de Xambá, Nagô Vodoo, Nagô que toca Cabinda, Nagô que toca Jeje, Nagô
que toca Oió. Na verdade são ramificações do nagô que algumas usam atabaques e
a maioria tambor de dois lados. No projeto Raiz Cultura em Maringá acabou de
chegar um irmão que justamente é ogan de Nagô, ele deve tocar em atabaque, pois
a maioria dos que tocam em tambor usam o nome de Alabê ou tamboreiro. Por mais
que exista uma semelhança entre os pretos-velhos de nagô, cabinda, angola eetc…
ele não é da umbanda, porem se simpatiza com a umbanda e esta aqui para fazer
parte da mesma,anets de poder fazer essa máteria conversei muito com ele sobre
a origem do tambor,vou tentar reproduzir muitas coisas na qual aprendi com esse
irmão que ajuda tanto nosso projeto..
Os tambores chegaram ao Brasil,
com uma família real africana.
Os negros tem em sua origem uma
Religião natural, significando o culto dos seres da natureza, ou seja ainda, o
culto á terra, ar, fogo e água compreendidos todas as suas proporções, e que o
“ocultismo” divide em 7 reinos, compreendendo três reinos elementais.
Dessa forma ODUDUWA (Nimrod)
une-se a Olokun (Ocenao) assumindo a forma de Oba-Olokun (Rei dos Oceanos),
tendo 3 filhos: Ogum, equivalente a Vulcano, senhor do ferro, fígado,
agricultura- ISHEDALE, equivalente a Afrodite, senhora das águas e mãe de todas
as ninfas e heroínas deificadas – Okanbi, senhor do fogo, das conquistas e da
justiça. Com Okanbi, começa a epopéia dos heróis Yorubanos, pois entre seus sete
filhos aparece Oranian, cujo papel de implantação definitiva da cultura
yorubana é inarguivel. Independentemente de ter tentado continuar a missão de
seu avo ODUDUWA em sua Guerra Santa contra os de cedentes de Ismael,
transformou-se na maior figura dessa cultura, a tal ponto que é o mais famoso
dos 7 filhos de OKAMBI.
Para tal, repetindo a façanha de
Jacó com seu irmão Esaú, torna-se detentor de todas as terras da África
Ocidental, instituindo o 1° Feudo de que se tem noticia, instalando-se
definitivamente em ILÉ IFÉ.Oranian afastou-se temporariamente de Ifé para
juntar a antiga cidade de OYÓ, cujo trono passa a chamar-se “ILE-ALAFIN”.
Em memoria do seu pai, Okanbi,
confere a este a honra “post-mortem” de ser o primeiro Alafin de Oyó, uma vez
que pelo fato de ter nascido após a coroação de Okanbi foi considerado o “Aremo
OYE” (1° nascimento após o trono em linha de sucessão). OranianOranian foi pai
de Ajuan ou Ajaká e Olufiran ou sangô.
Com o nascimento de Ajaká e
Sangô, começa propriamente a dinastia dos Oyós. reservou a si a posição de 2°
Alafin de Oyo e senhor do palácio Real de Ilê Ifé (owoni ti Ilê Ifé).
Os Bantús rendem culto aos
antepassados, cuja origem remontam a um grande ser estranho que existiu “só”,
num tempo EM QUE AINDA NÃO EXISTIA O TEMPO (manifestação visível do universo
criado) correspondendo ao mito bíblico: “no principio era o caos…” o conceito
Monoteísta Yoruba, existiu um ser dotado de dois sexos, ao qual poderia gerar
tudo que podemos ver ou sentir, seu criador teria o nome de (Olorum – é a causa
sem causa e Obatalá – é a manifestação, deus que pode se adorar), como toda
cultura por mais que se distancie em seus dogmas mesmo assim sequem a mesma
linha como se surgissem de um só fio para se abrir em vários ramos com varias
cores, a cultura Yoruba seque a mesma concepção do que temos conhecimento.
A evolução sobe uma escala sem
pressa, vamos verificar. No período paleolítico de duração desconhecida, o
homem habita cavernas e utensílios a pedra lascada e os ossos de animais. No
neolítico, sabe polir a pedra, confeccionam utensílios novos para novos usos,
abandona as cavernas, constrói tendas e cabanas e mesmo aldeias lacustres e já
domestica o boi, o carneiro, a cabra e o cão. Surge a cerâmica, barcos,
vestuários de pele, linho, lã e algodão. Um passo mais… utiliza o cobre e
estanho e por fim o ferro. Sua concepção religiosa se aperfeiçoa, deixaram na
face da terra os resquícios de uma cultura que escavamos e descobrimos nossas
raízes. Descobriu-se que o Egito manuseou metais por meados de 6.000 A.C., na
China e Grécia trinta séculos; na Gália e Suíça, vinte e cinco; na Scandinávia,
vinte; e, na Finlândia, três.
A tradição dos chineses alcança
uma duração de 80 a 100.000 anos, embora os dados positivos contem somente
17.000.
Os egípcios abraçam uma duração
de 30.000 anos. A dos hindus, variável com a região, orça entre 13.000 a 19.000
anos.
Plínio faz referencia a uma época
em que os egípcios não tinham como arma de defesa nas tribos africanas, senão
os seus bastões.
No mesmo sentido, dessas origens,
poderiam ser citados Platão, Aristóteles, Bérosio, Sallustio, Strabão.
Perfurações e sondagens no solo
do vale do Nilo, em 1854, Burmeister calculou que o Egito era habitado pelo
homem há mais de 72.000 anos, época em que a Europa era habitado por selvagens.
As mudanças que ocorram no Egito
por volta de 8000 A.C. transformaram definitivamente a evolução da humanidade.
Estas mudanças culminaram com a invenção da agricultura e da pastoreia perto do
Egito, no Próximo Oriente e no Sudão.
A cultura Egípcia teve o seu
início pouco antes da época pré-dinástica, que a levaria para o auge das épocas
faraônicas. Por volta de 5000 a.C. apareceram as primeiras evidências de
organização. Apesar de serem escassas, estas mostram-nos que por esta altura já
existiam povoados em que a agricultura era a sua principal atividade. A caça
não era uma forma de subsistência para estas primeiras povoações, já que estas
já possuíam animais de pasto. Alguns artefatos de pedra, metal e cerâmicas
encontradas vêm com inscrições e desenhos de animais domésticos, prova que
estes povos eram já de fato pastores. Assim a transição da forma mais primitiva
de civilização de tribos nômades para a civilização tradicional estava
completa.
Um dos mais interessantes
aspectos deste período de transição eram os seus costumes funerários. Antes
desta transição, as tribos nômades sepultavam os seus mortos da forma mais
conveniente, que freqüentemente era perto dos seus acampamentos, ou mesmo
dentro deles, como os cemitérios encontrados em Jebel-Sahaba.
Os tambores falam de festas,
coroações, tristezas, guerras e cultos, grande variedades de batidas muitas
vezes transportam os nativos a reinos espirituais, o majestoso orgulho de ser
negro e dançar com graça e leveza, a cultura negra se orgulha da herança que
carrega mesmo que tenham levado seu ouro, suas terras seus animas e sua
liberdade, o étnico levanta sua cabeça e baila com pés descalços e poucos
tecidos envoltos no corpo.
A mais antiga das religiões traz
ancestrais que remota a era da historia falada, onde não tinha material para
registra nem escrita para perpetuar tradições, os mais velhos passaram de boca
em boca para os mais novos ate que descobriram formas para registrar os deuses,
sacrifícios e rituais.
No mundo todas as religiões
originam de um mesmo principio divino, somos um só povo com varias
personalidades espirituais, o ser divino que criou o macrocosmo é o mesmo que
governa o microcosmo, para os seres inteligentes, varias formas expressas
provam suas existência e contradizem sua divindade.
Na cabala antiga temos exemplos
da presença de Deus.
O numero 1
Representado por um ponto,
significa o universo o macrocosmo e o microcosmo, representando o ser
individual e único em sua divindade. O principio do movimento porem ele não é
perfeito se continuar único, porque a vida não terá sentido sem outra vida para
compartilhar.
O numero 2
De dois ponto temos uma reta, de
um lado o principio do outro o complemento, uma reta, nos da o movimento, e a
duplicidade do ser e o compartilhamento das forças
O numero 3
De triangulo, tem a origem
divina, o inicio, a dualidade e o trio da santidade, a perfeição do espírito e
da humanidade, diz os mais antigos que o homem era dotada de divindade com sua
ganância foi se afastando e com a historia na humanidade esta a graça divina se
perdeu, os ocidentais foram os mais afetados e na atualidade busca o elo
perdido da sabedoria interior.
Uma busca que talvez seja em vão,
onde a tecnologia contesta e sufoca a tradição. Somos filhos de uma geração de
dotados espirituais esquecidos, nossas células ainda guardam lembranças
ancestrais, mesmo sendo difícil alcançar novamente o homem luta pela sua
herança perdida.
Dizem os mais antigos que o mundo
teve origem de uma palavra que continha as letras que movimentaram pela
primeira vez as moléculas do universo, tal palavra foi passada de boca a ouvido
pelos sacerdotes e pelos membros das antigas escolas de mistério, porem se é
verdade, poucos podem afirmar, porque a palavra é tão bem guardada que se
duvida da sua veracidade, conversando com antigos mestres de escolas
tradicionais e templos, ao tocar no assunto apenas mudam de conversa e ficam
sérios, com sua atitude e comportamento da para se ver que tem algo misterioso
e bem guardado, homens sérios saudáveis mentalmente respeitáveis, não saberiam
mentir, o conhecimento traz responsabilidades que temos que respeitar, mas como
saber a verdade, talvez nós, os menos privilegiados não tenhamos a oportunidade
de tocar um milésimo da verdade.
Antigos templos guardam escritos
que contradizem a verdade da humanidade, como isso pode ser, uma pequena
coincidência esta em escrituras que traz a origem do homem no pó, acredito que
tal pó venha das estrelas, os cientistas estão estudando a possibilidade da
vida ter surgido na terra de poeiras estrelares, esta verdade hoje em dia esta
perto de ser desvendada, e talvez possamos afirmar que nossos genes vêm de
planetas distantes, mas não se empolguem achando que somos etc
Quem poderá afirmar a verdade, eu
não sei, mas tenho que me preocupar como a verdade é moldada, o que será um bem
feito para mim, talvez possa prejudicar outras pessoas por isso temos que ter
cuidado com nossos desejos e atos para não prejudicar nossos semelhantes.
Um povo inteiro desaparece no
antigo mundo sem sabermos o que aconteceu realmente, apenas historia contada
por poucos sábios que publicaram em pedra e papiros os costumes e ritos da
época, mesmo assim corremos o risco de perder tudo que temos e sofrer o mesmo
destino a qualquer momento, pois o poder que se encontra nas mãos de alguns
homens pode matar milhões de pessoas em questão de segundo sem que destrua suas
casas, imagina o poder de morte e vida.
O momento de nascer é um poder
que o homem ainda não dominou ele pode matar se apossar, mas ainda não temos
poder de gerar a vida e criar o espírito, mas por quanto tempo?
Não sabemos onde iremos parar, só
sabemos é que estamos pagando o preço de nossos atos. E não temos o pleno
domino dos nossos destinos, podemos comprar uma terra, roupa ou jóias, mas não
seremos os verdadeiros donos, somente temos emprestado aquilo que podemos
pagar, um dia quando morrermos não levaremos nada para o tumulo, somente nossa
sabedoria e fé, mais nada.
A Bahia é a terra santa dos
orixás, mas foi no rio grande do sul que me influenciei pelos Oduns, seres
encantados que os africanos cultuam, são ancestrais e deuses que sincretisam
com a natureza.
São Paulo uma cidade grande que
guarda em cada esquina um terreiro, da periferia ao bairro mais nobre, temos
muitos templos nesta terra de cimento.
Grande cidade que é regida por
micro chip, vários computadores comandam a vida de milhões de pessoas, em cada
rua vários computadores acessam ao mesmo tempo a internet e vivem fantasias.
Aqui eu vi Ogum, Oia, Bara,
Yemanjá e oxum a doce mãe, quem disse que aqui também não tem terreiros e mães
de santo, mas foi aqui que andei pelas ruas de madrugada e senti o cheiro da
dama da noite, a lua no céu brilhando e tanta gente dormindo.
Eu creio na natureza, e
principalmente que nem uma arquitetura erigida pelo homem pode ser mais sagrada
que a capela de arvores virgens feita pela natureza, o homem escreveu em
paredes de pedras, placas de barro e papiros e depois traduziu e imprimiu,
mesmo assim eu não acredito que seja mais divino que uma cachoeira ou o sol.
Olhe onde seus olhos não possam
mais ver um arranha-céu de pé, tudo que você enxergar ao redor foi criado por
energias divinas e essências cósmicas, e se tudo que não foi tocado pelo homem
é divino? Assim eu posso acreditar que tem uma alma pura!
Vivo e respeito à natureza, ao
máximo, um dia um grande amigo antes de morrer, me deu uma foto e disse que era
uma prova de nossa eterna amizade, mesmo depois de tantos anos ele ainda é um
grande amigo, enquanto eu puder me lembrar dele, farei com que as pessoas
respeitem sua pessoa e mesmo onde ele tiver quero que saiba que ainda sou teu
amigo.
Acreditem que é difícil você, ter
uma pessoa amiga que conta e confia seus segredos, o homem tem o dom de massacrar
e esquecer a fidelidade, mas enfim somos pecadores e estamos tentando
sobreviver, por isso que dou valor a quem é puro e verdadeiro.
Dessa forma ODUDUWA (Nimrod)
une-se a Olokun (Ocenao) assumindo a forma de Oba-Olokun (Rei dos Oceanos),
tendo 3 filhos: Ogum, equivalente a Vulcano, senhor do ferro, fígado,
agricultura- ISHEDALE, equivalente a Afrodite, senhora das águas e mãe de todas
as ninfas e heroínas deificadas – Okanbi, senhor do fogo, das conquistas e da
justiça. Com Okanbi, começa a epopéia dos heróis Yorubanos, pois entre seus
sete filhos aparece Oranian, cujo papel de implantação definitiva da cultura
yorubana é inarguivel. Independentemente de ter tentado continuar a missão de
seu avo ODUDUWA em sua Guerra Santa contra os de cedentes de Ismael,
transformou-se na maior figura dessa cultura, a tal ponto que é o mais famoso
dos 7 filhos de OKAMBI.
Para tal, repetindo a façanha de
Jacó com seu irmão Esaú, torna-se detentor de todas as terras da África
Ocidental, instituindo o 1° Feudo de que se tem noticia, instalando-se
definitivamente em ILÉ IFÉ.Oranian afastou-se temporariamente de Ifé para
juntar a antiga cidade de OYÓ, cujo trono passa a chamar-se “ILE-ALAFIN”.
Em memoria do seu pai, Okanbi,
confere a este a honra “post-mortem” de ser o primeiro Alafin de Oyó, uma vez
que pelo fato de ter nascido após a coroação de Okanbi foi considerado o “Aremo
OYE” (1° nascimento após o trono em linha de sucessão). OranianOranian foi pai
de Ajuan ou Ajaká e Olufiran ou sangô.
Com o nascimento de Ajaká e Sangô,
começa propriamente a dinastia dos Oyós.
reservou a si a posição de 2° Alafin de Oyo e senhor do palácio Real de Ilê Ifé (owoni ti Ilê Ifé).
reservou a si a posição de 2° Alafin de Oyo e senhor do palácio Real de Ilê Ifé (owoni ti Ilê Ifé).
Etimologia :
Olodumaré
Oló = senhor
Oló = senhor
Odu = destino
Maré = supremo = deus, senhor do
destino supremo.
Correspondente á personalidade de
Deus com o nome de Shadai ou Alhim Tsebaoth (kaballah).
Ododúwa – odú (tio) = recipiente,
auto gerador.
Da = criador
Iwa = existência – Odudúwa, o ser
criador da existência terna (vida) correspondente á figura de Orinxala.
Olokum – olo (Oluwa)= senhor,
senhora, dono, proprietário(a)
Okun = oceano, alto mar. Olokun,
senhora dona dos oceanos.
Cronologia:
OKANBI – 1° Alafin de oyó – 1700
a 1600 A.C.
ORANIAN – 2° Alafin de Oyó -1600
a 1500 A C.
AJAKÁ – 3° Alafin de Oyó – 1500 a
1450 A C.
SANGÔ – 4° Alafin de Oyó – 1450 a
1403 A C.
JAKÁ – 5° Alafin de Oyó – 1403 a
1370 A C.
Continua….
Quero agradecer antes de mais
nada ao PAI Babá Obokum,pois foi de grande ajuda sua informação para a
construção do Artigo do Raiz Cultura e o pessoal do centro cultural indígena
aqui de Maringá que passou alguns textos sobre a ancestralidade.
Fontes de Imagens :
Terra Mística, Fundação Cultural
do Indio, Terreiro Pai Benedito Das Almas, Pai Babá Obokum, Wikipedia.
fonte: http://raizculturablog.wordpress.com/2008/01/26/a-ancestralidade-o-tambor-e-uma-historia/