quinta-feira, 24 de julho de 2014

O equilíbrio: feminino e masculino

O princípio feminino e masculino está em cada um, homem e mulher, para um casamento interior harmonioso e frutífero que permite uma relação reconciliada com o outro, diferente e complementar.
O ser humano é, além disso, um ser essencialmente relacional. Assim, a definição do que é ser homem ou mulher não pode ser respondida, a não ser na alteridade com o outro.
De maneira iluminada Jung já alertava sobre a grande missão da nossa civilização:

“A grande tarefa civilizacional, talvez a mais urgente nos dias atuais, consiste no resgate do princípio feminino. Chamo atenção para o fato de que não falo de categoria feminino/masculino, mas de princípio feminino/masculino [...]. O masculino não diz respeito somente ao homem, mas também à mulher. O feminino não ganha corpo apenas na mulher, mas também no homem. Esse feminino representa o princípio de vida, de criatividade, de receptividade, de enternecimento, de interioridade e de espiritualidade no homem e na mulher. Portanto, trata-se de um princípio inclusivo e seminal que entra na constituição da realidade humana.
O resgate do princípio feminino junto com o do masculino propicia uma nova inteireza à humanidade, ao transcender as distorções na relação homem-mulher e ao ultrapassar o sexo biológico de pertença. Significa não somente libertação dos humanos, especialmente da mulher, mas também da natureza e das culturas não estruturadas no eixo do poder-dominação, equiparadas ao fraco e ao frágil — portanto, ao feminino cultural. A recuperação do princípio feminino permite um processo de libertação mais integral e verdadeiramente includente, pois parte do feminino oprimido. O oprimido tem um privilégio histórico e epistemológico pelo fato de possuir uma percepção mais alta que inclui o opressor enquanto ser humano. O opressor exclui o oprimido, pois o considera uma coisa ou um ser humano menor, subordinado e dependente. A libertação deve começar pelo oprimido para acabar com o opressor. Só então ambos se encontram sobre o mesmo chão comum, como humanos, construindo juntos, na igualdade e na diferença, a sociedade e a história.”  (Carl Gustav Jung)
O resgate do princípio feminino junto com o do masculino propicia uma nova inteireza à humanidade, ao transcender as distorções na relação homem-mulher e ao ultrapassar o sexo biológico de pertença. Significa não somente libertação dos humanos, especialmente da mulher, mas também da natureza e das culturas não estruturadas no eixo do poder-dominação, equiparadas ao fraco e ao frágil — portanto, ao feminino cultural.
Não podemos mudar nossa história, mas podemos mudar a atitude interior em relação a essa história e a leitura que fazemos sobre nós.

                                                                                                                   Ahá!! Arlete Souza



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