O princípio feminino e masculino
está em cada um, homem e mulher, para um casamento interior harmonioso e
frutífero que permite uma relação reconciliada com o outro, diferente e
complementar.
O ser humano é, além disso, um
ser essencialmente relacional. Assim, a definição do que é ser homem ou mulher
não pode ser respondida, a não ser na alteridade com o outro.
De maneira iluminada Jung já alertava sobre a grande
missão da nossa civilização:

O resgate do princípio feminino junto com o do masculino propicia uma
nova inteireza à humanidade, ao transcender as distorções na relação
homem-mulher e ao ultrapassar o sexo biológico de pertença. Significa não
somente libertação dos humanos, especialmente da mulher, mas também da natureza
e das culturas não estruturadas no eixo do poder-dominação, equiparadas ao
fraco e ao frágil — portanto, ao feminino cultural. A recuperação do princípio
feminino permite um processo de libertação mais integral e verdadeiramente
includente, pois parte do feminino oprimido. O oprimido tem um privilégio histórico
e epistemológico pelo fato de possuir uma percepção mais alta que inclui o
opressor enquanto ser humano. O opressor exclui o oprimido, pois o considera
uma coisa ou um ser humano menor, subordinado e dependente. A libertação deve
começar pelo oprimido para acabar com o opressor. Só então ambos se encontram
sobre o mesmo chão comum, como humanos, construindo juntos, na igualdade e na
diferença, a sociedade e a história.” (Carl Gustav Jung)
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Não podemos mudar nossa história,
mas podemos mudar a atitude interior em relação a essa história e a leitura que
fazemos sobre nós.
Ahá!! Arlete Souza
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